terça-feira, 31 de agosto de 2010

Entre.
Seja bem vindo.
Sente-se...
Fiquei a vontade!
Gostaria de uma bebida? Sim?
Uma taça de carinho ou de alegria?
Gostaria de algo para acompanhar a bebida?
Petiscos de ternura e amizade?

Entre.
Seja bem vindo.
Sente-se...
Fiquei a vontade!
Gostaria de paixão ao forno? Sim?
Gostaria de uma taça de
sinceridade suave para acompanhar?

Entre.
Seja bem vindo.
Sente-se...
Fiquei a vontade!
Quero oferecer-te um cálice
do mais doce e puro licor que fiz,
o amor.
Quero que proves e veja
se está bom de sonhos ou se precisa mais...
Quero oferecer-te também
uma fatia generosa do meu mundo.

Entre.
Sente-se...
Sinta-se a vontade!
És e serás sempre bem-vindo!
Só queria ouvir...
teu alô,
tua voz rouca falando...

Só queria te ter...
envolto nos meu braços;
afagado pelos teus dedos
e tu murmurando...

Só queria teu beijo...
o mais gostoso,
aquele doce sabor que ninguém teve
da tua boca...

Só queria escutar...
teu 'amor', para sorrir,
para de alegria, minha alma,
encher...

Minha vida...
com teu carinho preencher...

Eu só queria...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Insônia de ti...

Onze horas
e o sono não chegou...
Deitado, meus olhos estalados
enxergam vultos no vazio do quarto...

Passou das onze e meia
e o sono ainda não chegou...
Meus olhos, ainda estalados,
contemplam o vazio
procurando nos vultos que passam
o teu semblante...

Quase meia-noite
e o sono ainda não viera...
Finalmente comtemplo o teu sorriso
que me esvai por entre as cansadas mãos,
que estão a te procurar
desde a hora em que me recostei no travesseiro...

Já passara da meia-noite
e o sono ainda não chegara...
Julgo-me na abstinência de ti
e percebo que, mais uma vez,
me vejo sozinho
com minhas próprias ilusões de ter-te por perto...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Valsa da Ilusão.

De tempos em tempos, o Vento
bate à minha janela me chamando
para dançar sua valsa.

Ele sussurra com sopros fortes
chamando-me para fazer-lhe companhia.

A proposta é tentadora;
inclino-me a acompanhar-lhe
para deixar de lado
a presença da Solidão.

Peço licença à ela e deixo
a valsa do Vento me levar.

Saúdo a ele e seguimos bailando.
Vamos dançando
até a longa música terminar.


A valsa termina; curvo-me para agradecer a dança...
só vejo a mim dentro do salão.
É então que percebo que
a inteção do Vento
fora um mero convite à ilusão

para me afastar da Solidão.

Esta volta junto de mim
contando que eu estivera dançando
maravilhosamente bem o tempo todo,

como se fosse a última vez
que a Loucura e eu dançaríamos juntos

até o momento do sol nascente.