quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A tinta do amor, que estivera exposta ao sol,
secara e desbotou.
O pintor tentou restaurar,
mas o tom não se equiparou;
o vermelho, mais vivo;
o de agora é mais fraco,
bem menos vibrante,
quase opaco...

A tinta da tristeza, que estivera sempre à sombra,
fortificou-se.
O pintor não teve tanto trabalho para passar a mão de azul,
o mais forte, o mais vibrante;
o que antes era desbotado,
agora vibra e esfria mais o vermelho vibrante
que outrora foi.

A tinta da tristeza, que antes nem aparecia, voltou como Fênix.
O quadro, então, de branco paz, passou pelo vermelho paixão,
tingiu-se de azul frieza,
misturou-se com todas as cores e terminou com o preto,
que, agora, se faz tão pesado feito chumbo.