terça-feira, 14 de setembro de 2010

A dor, a angústia e eu...

As pernas alheias, em minha frente,
passam avulsas.
As pessoas encontram-se,
conversas coisas triviais,
raízes quadradas, Durcain, viagens...
A vida corriqueira passa rapidamente em frente
ao meu par de águias.

Congelo-me na esperança de ter
uma oportunidade de me libertar
desse ócio, dessa angústia...

As companhias se esconderam no infinito.
A única que suporta as lamúrias
de um ser paralisado pelo frio
é a fumaça noturna; faz-me companhia.
Ela me traz de volta a mim,
que já estivera perdido a um quarto de segundo atrás.


Vejo aquelas mesmas pessoas
indo ao bar da vida.
Bebem suas alegrias;
brindam às suas tristezas,
que se foram com o vento...
Bebem da doce amarga dose alcoolica de felicidade
que a vida tem a lhes oferecer.
É grátis?! Sim.
E por que não tentar também?!
Provo a alegria; tomo dois goles,
mas acho repugnante demais.
Em seguida, peço dose dupla de dor, de desespero e
de sofrimento.
Tomo tudo num gole só...

Ah, como isso me aquece a alma...
Aquelas pessoas já embriagadas e soluçantes
estão a regozijar suas alegrias,
enquanto eu continuo sóbrio,
aquecido pela trivialidade
da angústia e do desespero.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Imitação do real,
no plano da imaginação.
Solto, de olhos aberto, meu espírito em um
obscuro quarto,
na calada de uma noite fria.
Invalido-o de ver coisas horrendas como
A felicidade e as cores do mundo, as quais nunca me chamaram a atenção....