domingo, 8 de janeiro de 2012

Crônica da minha felicidade

Hoje eu vejo. Hoje eu percebo o quando mudei. Mudei sem sombras de dúvida. Não tenho dúvidas do que eu era para o que sou hoje. Hoje eu percebo meu amadurecimento. Percebo que não me vejo mais como uma criança, sem responsabilidades; não me vejo mais tão medroso. Tentei fazer coisas em minha vida que não tive resultados. Tentei conhecer pessoas que não me acrescentaram nada. Estive sempre na constante busca. Sofri, caí, levantei, caí, sofri. Uma procura incessante pela felicidade.

Trilhei por caminhos os quais não via nada, não escutava ninguém. Caminhei sozinho. Encontrei buracos, tropecei, caí, sujei-me, limpei-me. Cada vez que eu fazia esse processo, tinha sempre alguém para me dar uma tranca, puxar meu tapete. Sozinho, saí correndo em direção ao nada, em direção ao breu da noite. Finalmente, achei um pedacinho de luz. Fui caminhando em direção a ela e tropeçava em cada passo. Cada vez que me aproximava a luz ficava maior, maior e maior.

Reergui-me. Saldei a luz. Saldei a luz branca, a qual me envolvia. Fui caminhando calmamente, olhando cada passo e as pessoas que me cercavam. Fui adentrando pela porta. Fui me embebendo pelo calor que estava ao atravessar aquela fria escuridão. Cada passo era um sorriso. Passo a passo fui admirando algo, fui admirando alguém, fui me envolvendo, fui me entregando. Fui me modificando mais ainda depois daqueles tombos. Evitei cada vez mais as buscas, pois me bastava somente aquele ser de luz, o qual eu ouvia e via, claramente. O ser, simplesmente, chamava-se Felicidade.