terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Minha vida dobrou a esquisa e se perdeu...
Ela tentou te achar no olhar de cada um que passou;
na boca dos que por ela passaram;
no toque dos que nela a tocaram...

Minha vida dobrou a esquina e se perdeu...
Perdeu-se, pois sente tua falta,
perdeu-se, pois agora sente mais a tua falta,
perdeu-se, pois a Solidão já tomou conta...

Minha vida dobrou a esquina e se perdeu...
Ela ainda continua te procurando,
ela ainda se sente só,
ela ainda te ama...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Maligno [tumor]...

A verdade da poesia da minha dor,
é o canto da tua ausência;
Meu eu-lírico ainda declama
versos de sofrimento
e de saudade.
O medo ainda percorre minha alma,
que faz com que eu
ainda não sinta capaz de amar mais.
A dor e o medo enlaçaram-se
nas entranhas de mim,
viraram metástases
e me tomaram conta...
O tempo passa jogando calma,
mas tenho pressa.
Vejo os dias, o tempo e a ti
passando pela minha frente;
vejo meus olhos fecharem;
vejo meu respirar mais fraco;
vejo meu coração mais calmo
e mais calmo
e mais calmo ainda...
Pulsa e. . .
"Fora tão feliz em vida..."

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dança mortal...

O tango frenético que tocava outrora
cessou...
Meu coração, que já pulsava em ritmo desordenadamente ardente,
foi se amansando...

O ritmo que toca agora
é uma valsa...
Vejo-me envolvido mesmo assim.
Meu coração, que antes era ardente,
se acalmou.
Agora deixa o ritmo levar
calmo e docemente...

O próximo ritmo é obscuro...
Toca ainda mais calmo...
Agora, não mais danço,
mas sim caminho...
Meu coração, já quase parado,
sente a falta dos ritmos,
que outrora dançara.
Ele pensa, pulsa pela última vez e...
Esvaio-me em soluços.