segunda-feira, 25 de junho de 2012

A ti.


Hoje parei para escrever algo para ti.
Algo que não sei o que vai ser.
São tantas coisas que poderia eu dizer;
são tantas coisas que poderia eu sentir;
são tantas coisas sem que eu consiga perceber;
só não falo claramente por não conseguir.
Hoje eu queria me inebriar do teu cheiro;
hoje queria me embebedar das tuas palavras, ligeiro...
Guardei pensamentos;
guardei sentimentos;
guardei-me por inteiro;
guardei-me tanto e eis que aqui escrevo.
Resolvi expor minha intensidade
jogando rojões de felicidade;
expus com tanta intensidade que fez um BOOM
dentro de mim, esperando por te ver.
Essa situação me fez estremecer...
Brigo com o tempo,
finjo não o ver, por um momento.
Dou uma espiada e vejo
que ele correu; correu tanto
a ponto de me/te fazer partir.
O frio na barriga que sinto, como o cair de uma queda livre,
sempre me ronda, pois, assim como o vento, tu vieste...
Vagarosamente... Ficou rodando, ganhando corpo,
quando menos esperei, já estava envolvido no teu ciclone...
Tuas palavras, teu cheiro, teu corpo, envolveram-me.
Tal foi a fração de segundo
que não consegui nem me fechar no meu porão obscuro...
Senti medo, senti receio.
Resolvi, então, deixar que o ciclone me levasse...

Hoje parei para escrever algo para ti.
Não soube exatamente o que escrever.
Foram tantas coisas que senti;
foram tantas coisas que percebi;
foram tantas coisas...
Ah, em que turbilhão eu fui entrar...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Noite adentro...


A noite caiu.
Dentro dela surgiram pontos luzentes no céu.
Começaram fracos,
despercebidos.
Conforme a noite foi adentrando,
os pontos foram ficando cada vez mais reluzentes,
cada vez mais fortes,
cada vez mais brilhantes.

A noite caiu.
Dentro dela surgiu uma enorme bola.
Essa bola, até então, era algo opaco despercebido.
Conforme a noite foi adentrando,
a luz ficou mais forte,
a bola ficou mais iluminada,
cada vez mais forte,
cada vez mais brilhante.

A noite caiu.
Dentro dela surgiram coisas estranhas;
boas, mas estranhas.
Não sei até que ponto ver,
não sei até que ponto não ver...
Não sei...
Só sei que a noite caiu.
As estrelas e a lua apareceram
adentrando a noite...

domingo, 8 de janeiro de 2012

Crônica da minha felicidade

Hoje eu vejo. Hoje eu percebo o quando mudei. Mudei sem sombras de dúvida. Não tenho dúvidas do que eu era para o que sou hoje. Hoje eu percebo meu amadurecimento. Percebo que não me vejo mais como uma criança, sem responsabilidades; não me vejo mais tão medroso. Tentei fazer coisas em minha vida que não tive resultados. Tentei conhecer pessoas que não me acrescentaram nada. Estive sempre na constante busca. Sofri, caí, levantei, caí, sofri. Uma procura incessante pela felicidade.

Trilhei por caminhos os quais não via nada, não escutava ninguém. Caminhei sozinho. Encontrei buracos, tropecei, caí, sujei-me, limpei-me. Cada vez que eu fazia esse processo, tinha sempre alguém para me dar uma tranca, puxar meu tapete. Sozinho, saí correndo em direção ao nada, em direção ao breu da noite. Finalmente, achei um pedacinho de luz. Fui caminhando em direção a ela e tropeçava em cada passo. Cada vez que me aproximava a luz ficava maior, maior e maior.

Reergui-me. Saldei a luz. Saldei a luz branca, a qual me envolvia. Fui caminhando calmamente, olhando cada passo e as pessoas que me cercavam. Fui adentrando pela porta. Fui me embebendo pelo calor que estava ao atravessar aquela fria escuridão. Cada passo era um sorriso. Passo a passo fui admirando algo, fui admirando alguém, fui me envolvendo, fui me entregando. Fui me modificando mais ainda depois daqueles tombos. Evitei cada vez mais as buscas, pois me bastava somente aquele ser de luz, o qual eu ouvia e via, claramente. O ser, simplesmente, chamava-se Felicidade.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Saberes...

Eu sabia...
Eu sabia que seria difícil,
Eu sabia que poderia ser impossível,
Eu sabia que seria inesquecível...

Eu soube...
Eu soube que um dia chegaria,
Eu soube que doeria,
Eu soube que seria inesquecível...

Eu sei...
Eu sei que deve ter chego,
Eu sei que pode ser impossível,
Eu sei que ainda te guardo às sete chaves,
Eu soube que seria inesquecível...

Eu saberei...
Eu saberei que ainda me lembrarei,
Eu saberei que vai ser impossível de te esquecer,
Eu saberei que vai doer,
Eu saberei que escurecerá,
Eu saberei que te guardarei,
Para que, no pensamento, ninguém poderá te roubar de mim.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cansei.
Cansei daquelas migalhas que outrora senti.
Abduzi momentos que outrora me fizeram sofrer.
Cansei...

Joguei fora parte de mim.
Joguei fora, no lixo, parte de mim pelo bem de te esquecer
Lancei pela janela pedaços teus que já não me serviam mais.
Joguei fora parte de mim...

Perdi-me no tempo.
Perdi-me no tempo por tentar faze-lo voltar.
Quebrei o relógio para tentar aliviar a angústia por te ver.
Perdi-me no tempo...

Reavivarei as cores.
Reavivarei as cores que eu havia passado cinza por cima.
Voltarei a pintar em colorido, pois sei que ninguém fará isso por mim.
Apenas reavivarei as cores...

Simplesmente, reviverei.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pega minha mão e vem comigo.
Sentes?
O quê? – tu perguntas.
A música – eu respondo docemente.
Sente a melodia, agora?
A melodia doce, calma, pura.

Pega minha mão e vem comigo.
Sentes?
O quê? – tu perguntas.
O calor – eu respondo enfaticamente.
Sentes o calor, agora?
O calor que aquece nossos corpos, nossas entranhas, nossas almas.

Pega minha mão e vem comigo.
Sente?
O quê? – tu perguntas.
O toque – eu respondo já perto de ti.
O toque do beijo, dos meus lábios, colados nos teus!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dança do adeus.

Pego tua mão e te convido: vamos dançar?
Damos voltas e voltas no salão da vida...
Acaricio teu rosto durante a dança...
Sinto que tu me olhas profundamente nos olhos,
Sinto como se tu soubesse o que me passa pela mente,
Sinto como se tu tivesse me achado novamente,
Sinto como...

Pego tua mão e te convido: vamos dançar?
Damos voltas e voltas no salão da vida...
Tu me acaricias o rosto durante a dança...
Sentes que te olho profundamente nos olhos,
Sentes como se eu soubesse o que te passa pela mente,
Sentes como se eu te achasses novamente,
Sentes como...

Pego tua mão e te convido: vamos dançar?
Damos voltas e voltas no salão da vida...
Acariciamo-nos os rostos dentro do salão...
Sentino-nos juntos,
Mais juntos,
Mais juntos...
Beijamos.
Sinto como se fosse o último,
Sinto como se fosse cair de um penhasco,
Sinto que escorriam dores do meu rosto...

Peguei tua mão e te convidei: vamos dançar?
Demos tantas voltas e voltas no salão da vida...
Acariciemo-nos os rostos durante a dança...
Senti teu semblante se afastando,
Senti teu corpo descolando do meu,
Senti que te perdeste de mim e eu de ti,
Senti que a dança se perdera por entre os rostos,
Senti que te foste para sempre, tão longe...
Senti que teu beijo foi pela última vez,
Senti que foi a última carícia,
Senti que fora o último momento em que pude ter teu corpo perto do meu,
Senti que foi o adeus da minha vida...