sexta-feira, 6 de maio de 2011

O desaguar das pérolas negras...

Ainda sinto teu calor
aconchegado em mim;
ainda sinto tua respiração
junto à minha;
ainda sinto...

Queria-te, agora, pedindo meu silêncio,

com tua boca tapando a minha;
queria-te, agora, percorrendo meu corpo,
com teus lábios aveludados;
queria-te, agora, envolvendo-me na tua ternura;
queria-te, agora...

Ah, como mareiam essas pérolas

por ainda te sentir,
por te querer e não mais poder...
As pérolas, enfim, cansadas de desaguar
fecham-se em suas conchas para esperar o dia amanhecer
e tentar ver o sol novamente...

Um comentário:

Matheus Bandeira de Carvalho disse...

O mais bonito, o mais sensível, o mais sincero, enfim, o mais... Meu preferido, a partir de agora. Lindo, lindo. PARABÉNS! Tens escrito teus textos de uma forma diferente, apesar do teu talento ser ímpar, estás te destacando de uma forma diferente.