quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pedra preciosa.

Busquei durante um certo tempo, algo que me fizesse rir. Achei, ‘desachei’, encontrei, desencontrei, sofri, chorei. Continuei na incessante procura... Eu queria uma joia assim, assado, desse ou daquele jeito. Algo que se enquadrasse nas medidas e formas que me chamassem a atenção. Por um tempo, várias se enquadravam. Conforme o tempo foi passando e eu as fora olhando detalhadamente, percebi que nenhuma delas se enquadrava nos padrões que propus a buscar em uma joia.

Continuei a minha busca... Procurei, vasculhei, mexi e remexi... Nada! Não desanimei. Voltei. Retornei ao que eu havia me proposto, que era achar a tal joia, que atendesse aos padrões que me chamassem a atenção.

Um belo dia, virando, revirando, mexendo e remexendo achei uma pedra rara. Uma joia que muitos gostariam de ter. No começo eu fiquei com receio de pegá-la, pois eu já havia achado tanta coisa que não prestavam, que chegaram até a me cortar. Foi onde percebi que essa joia era diferente. Ela tinha um brilho raro, incomum, exuberante. Algo que a grande maioria queria, mas nem todo mundo conseguiu obter. Somente os sortudos, os fortes e os mais corajosos que se arriscam para tê-la.

Dia após dia, essa pedra fez eu me apaixonar mais e mais e mais pelo seu brilho e pela energia que ela passava. Quando dei por mim, já estava completamente envolvido, estasiado. Não consegui voltar atrás. Eu a alisava e polia. Fazia de tudo para mantê-la brilhante, viva... Um dia fui pô-la em um lugar seguro, tropecei e a deixei cair. Meu jeito estabanado fez com que eu perdesse uma relíquia. Tentei juntá-la, tentei concertá-la; arrumei, mexi, colei, descolei, colei novamente... Em vão! A pedra quebrou em muitos pedaços e não consegui fazê-la inteira novamente...

As peças pequenas eu guardei em uma caixa, a grande eu deixo exposta. Pulo-a todo dia para tentar dar novamente o brilho, mas ela já não é a mesma... E eu ainda continuo apaixonado por aquele brilho estonteante que ela tinha...

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