quinta-feira, 14 de abril de 2011

Adeus, erva danosa...

Deixo cair, dos meus olhos, a saudade.
Elas escorrem pelo meu rosto e caem ao chão.
Não satisfeito, piso em cima para provar a mim
Que não retornarão... Não mais.

Não posso mais me machucar com isso.
Ela tenta germinar; a começar pelos meus pés.
Engancha-se neles feito trepadeira e vai subindo...
Corto os pedaços que estão ao meu alcance,
mas não é o suficiente.
Ela sobe mais um pouco...
E mais um pouco...
E mais um pouco...
Chega, enfim, ao coração.
Mexo-me, corto e podo...
A saudade me deixa livre por uns tempos.

Podo tudo que ainda restara
com uma ânsia de sair de onde estava,
com uma ânsia de não mais me prender àquilo que não me fazia bem...
Puxo meus pés para o alto e sigo passo por passo
até que me liberte totalmente daquela semente danosa.

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