quarta-feira, 18 de julho de 2012

O silêncio do trem


E esse anseio que me aperta o peito?
E essa dor que me corrói a alma?
E esse meu pensamento inquieto?
E essa insegurança que me faz ter vertigem?
Quanto mais o anseio me aperta,
mais a dor me corrói,
mais meu pensamento voa,
mais ainda minha insegurança aumenta
e eu desaguo em silêncio...
Sei que não devo,
sei que não posso,
mas, infelizmente, o trem passou e eu subi.
Não sei se subi na estação errada e descerei na certa,
ou se subi na certa e descerei errada...
A viagem e longa e os perigos são inevitáveis!
Eu morri sete vezes durante a travessia.
Tentei me acalmar a cada parada.
Por vezes, eu até consegui...
Na última, desabei...
Gritei, implorei, chorei, até ri...
O ladrão não se compadeceu e lançou apenas um tiro certeiro;
meu coração parou no ato...
A dor, o pensamento e a insegurança
Deixaram de me incomodar.
Só o que restara foi o silêncio do trem...

2 comentários:

Matheus Bandeira de Carvalho disse...

Li e reli umas duas ou duzentas e quarenta e três vezes... PERFEITO. Sem mais para dizer. O texto está sublime. PARABÉNS.

Leo M. disse...

Meu grande amigo! Fico contente que tenhas gostado e mais ainda por ter comentato meu texto! :D É uma honra receber um comentário teu, SEMPRE!