terça-feira, 10 de julho de 2012

Wings



Abro minhas asas e voo.
Vou para onde me sinto aquecido,
para onde haja um chão seguro, firme,
porque temo afundar no enlameado.
Eu canto enquanto estou pairando pelo ar;
canções que se vão com o vento.
Olho para baixo vejo pontos se cruzando, enlouquecidos...
Desço para olhar mais de perto.
Eu ainda acredito nas palavras doces dos loucos;
elas, ainda que sejam confusas, enternecem-me;
me fazem crer que ainda há esperanças
e me dão forças para seguir ao céu.
Porém, o céu não é o meu limite.
O meu limite é o espaço, as estrelas, a lua, quem sabe o sol.
Eu sei que o tombo é grande caso eu caia,
mesmo assim não deixo de sonhar,
pois é ele que me dá impulso para ir até ou além de mim.
E se eu cair, abro minhas asas e voo novamente...
O importante é nunca deixar de voar,
tampouco deixar de acreditar na ternura dos anjos doidos sem asas,
menos ainda de sonhar...
Porque é o sonho que me faz abrir as asas e voar!

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